O Brasil sofreu de modo considerável entre o final dos anos setenta até o começo da década de noventa do século XX em consequência da inflação, que consumia a renda dos brasileiros por completo apenas para realizar compras para a sobrevivência básica, como os alimentos por exemplo. Na época a nação era conhecida como país da inflação, na qual o aumento desordenado dos preços básicos fez com que o país cresce décimos percentuais no PIB.
Redemocratização e Organização da Moeda
Com o estado democrático reconquistado depois de 1985 os governos se reuniram para promover desenvolvimento econômico no país. Fernando Collor de Mello, primeiro presidente da democracia, abriu as portas do país ao consumo estrangeiro, acabou caindo por causa do próprio plano de conter a inflação bloqueando contas bancárias nos planos e conter avanços de problema, tais como os movimentos inflacionários, por exemplo.
Com o impeachment de Collor, Itamar Franco começou a implantar o plano Real, considerado programa que serviu para estabilizar a economia, considerado como destaques entre as dezenas de sistemas monetários implantados desde a independência do Brasil.
O plano foi lançado no final de 1993 com base de programa ao longo prazo. Em termos gerais representa sistema organizado em etapas para exterminar quase três décadas de alta inflação somada a pequenos crescimentos econômicos e crises na Receita Federal.
O prazo de substituição de cédulas antigas em troca do Real acabou em julho de 1994, momento no qual a inflação estava dominada e os preços descongelados, assim como os confiscos de depósitos nos bancos que derrubaram Collor e outros pontos contraditórios da economia heterodoxa.
Não se pode ignorar o fato de que a moeda reaqueceu a economia que partiu para crescimento significativo ao ponto do Ministério da Fazenda aplicar políticas intervencionistas no sentido e restringir a expansão da moeda e crédito nacional. O objetivo do poder público foi assegurar a etapa de crescimento no ano seguinte com autosustento, por consequência contando com melhor distribuição na renda.
Principais Fases do Plano Real
Plano de real foi desenvolvido por Itamar Franco e aprimorado por FHC (Fernando Henrique Cardoso) no sentido principal de controlar a inflação e promover autosustento para a economia brasileira que sofreu nos anos oitenta do século XX, conhecidos como a década perdida por causa da falta de crescimento. Desenvolvido e colocado em prática de modo oficial no dia 30 de julho de 1994.
O Ministro da Fazendo (Fernando Henrique Cardoso) junto com outros economistas (Gustavo Franco, Pérsio Arida, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Rezende, entre outros) elaborou o plano econômico. As principais fases foram:
A: Aumento dos impostos e redução dos gastos públicos no sentido de aumentar o controle das contas governamentais;
B: Criação da URV (Unidade Real de Valor) como método pra desindexar a economia que até o momento estava indexada aos movimentos inflacionários dos produtos na economia nacional;
C: Criar moeda forte no sentido de implantar plano monetário nacional ao longo prazo;
D: Aumentar as taxas de juros para gerar rendimentos aos investidores e proporcionar aumento dos compulsórios, ou seja, quantia que os bancos recolhem junto ao BC (Banco Central). Medidas direcionadas de modo direto com redução do consumo e queda da inflação;
E: Reduzir impostos referentes à importação e proporcionar aumento da concorrência junto com produtos nacionais, por consequência proporcionando queda dos preços.
F: Controle do câmbio para manter o Real valorizado diante o Dólar. A medida visa estimular a importação e ao mesmo tempo a concorrência interna. Forma de controlar o crescimento dos preços referentes aos produtos nacionais.
Qual Quantia Valia o Cruzeiro Real?
Em 28 de março de 1994 a URV valia CR$895,03 (Cruzeiros Reais). No dia 29 de junho de 1994 a taxa de câmbio estava equivalente em CR$2.750. Contas bancárias, investimentos e aplicações foram convertidos de modo automático ao Plano Real. Em 01 de julho nasceu o Real.
Os Desdobramentos e Resultados do Plano Real
Em termos gerais o plano Real foi bem sucedido, em principal quando comparado com os planos econômicos que antecederam a medida. O objetivo de controlar a inflação foi conquistado, mesmo ainda não sendo ideal, valor com média equivalente a cinco por cento ao ano.
Vale ressaltar que a eleição do presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso) em 1994 tem relação direta com as medidas eficazes iniciais do plano monetário. Até o ano de 1998 o poder do consumo dos brasileiros era histórico em virtude da paridade com o dólar – moeda com maior aceitação no mundo ocidental.
No entanto durante as campanhas presidenciais da reeleição de 1998 alguns críticos apontavam que o crescimento deveria ter controle para que se sustente por conta própria. Se acontecesse crise mundial a economia nacional podia cair em virtude da dependência do consumo.
Nas campanhas FHC prometeu em rede nacional que o Real ainda continuaria lutando de modo igual com a moeda norte-americana. Após poucos meses reeleito o presidente anunciou que considerável do dinheiro nacional frente ao dólar. Com o passar dos anos a equivalência foi de quase quatro pra um.
Em virtude deste e de outros aspectos negativos o PSDB não se sustentou no poder na eleição seguinte, vencida por Lula (PT), em 2002. A partir de então começaram implantações consideráveis em âmbito social e econômico.
Com a moeda reforçada foi paga a dívida externa. Mesmo com o Real atrás do Dólar e Euro, Brasil abriga posição de destaque entre as principais potências econômicas do mundo nos primeiros anos da segunda década do século XXI. O país quase não foi afetado pela crise mundial que assombrou as finanças de grande, médias e pequenas potências.
Novos milionários emergiram no mundo social Brasil. Todavia, a diferença na renda social per capita ainda permanece como problema pontual. Crescimento macroeconômico não implica dizer que a população está ganhando melhor em reais do que os gastos referentes à carga tributária e ligeira inflação desproporcional com os aumentos de salário mínimo.
Quando o governo anuncia que o salário mínimo vai aumentar o país fica preocupado. Empresários precisam aumentar a renda equivalente. Trabalhadores recebem mais, embora corram o risco de ter gastos superiores aos existentes antes da medida.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier