Cuidando da Saúde Financeira

Um novo ano está chegando, e junto com ele a maioria das pessoas estipulam inúmeras metas e resoluções para melhoria na qualidade de vida e bem estar durante o ano que se aproxima. Essas metas podem ser a respeito da maior dedicação aos estudos e/ou área profissional, maiores cuidados com a saúde física e até mesmo maiores cuidados com a saúde financeira, e é dela que falaremos nesse artigo.

Sabe-se que nosso país vem passando por uma recessão econômica, onde o desemprego tem aumentado cada vez mais. Até julho desse ano o número de desempregados era de cerca de treze milhões e trezentos mil, número esse que provavelmente aumentou desde então.

Esse desemprego causa além de todos os malefícios mais particulares, como a dificuldade de manutenção de inúmeras famílias, que nesse caso muitas chegam a passar severas necessidades, gera também um reflexo muito negativo na economia do país.

No âmbito econômico, mesmo que o PIB (Produto Interno Bruto – índice que representa a soma dos bens e serviços produzidos em determinada região durante um certo período) não seja considerado o melhor indicador de riquezas de um país – já que ele diz respeito majoritariamente ao quanto as pessoas consomem e ignora os fatos que envolvem desenvolvimento social e qualidade de vida – ele é um índice que é diretamente influenciado pelo desemprego.

Fazendo uma análise desses dois pontos – desemprego e PIB – é possível que as más consequências  do aumento do desemprego sejam apontadas.

Associando, de um modo leigo, o PIB à riqueza de um país, quanto menor o nível do desemprego, mais as pessoas consomem, mais precisa ser produzido e consequentemente, o PIB do país sobe. O caso contrário também é verdadeiro. Quanto maior o nível de desemprego de um país, menos as pessoas consomem e menor a necessidade de produção, fazendo com que  o PIB diminua.

Porém, nem todas as pessoas encaram o desemprego ou as más condições financeiras como forma de privação de gastos, gerando assim um ciclo de endividamento em sua vida, mesmo que as vezes acabem nem se dando conta disso. Exemplificando esse fato, sabe-se que o ano de 2017 se iniciou com quase 60 milhões de pessoas inadimplentes.

Dessa forma fica evidente a necessidade de uma maior conscientização e ensinamentos sobre educação financeira na nossa população. Logo abaixo serão apresentadas algumas dicas e ideias que podem contribuir para a melhoria da saúde financeira de todos.

Primeiramente é importante tomar certos cuidados para que a dívida não chegue a se formar, e uma das maiores dicas é: gaste menos do que você ganha.  Pode parecer óbvio, porém é um dos maiores erros dos endividados. Muitas pessoas não conseguem chegar ao fim do mês com dinheiro, sendo assim necessário apelar pra outros meios, como o uso do cartão de crédito e/ou de cheque especial, e eles acabam sendo uma grande armadilha, devido a seus juros e taxas.

Os cartões de crédito se tornam grandes vilões quando são mal utilizados. No caso deles, o ideal é que se tenha no máximo dois cartões, e que o limite deles não fiquem próximo da sua renda.

Já o cheque especial deve ser extinto, devido ao fato de possuir um dos maiores juros do mercado.

Para que as compras sejam efetuadas de modo tranquilo, é ideal que seu pagamento seja feito a vista, seguindo a premissa de que se você não possui dinheiro para comprar certo artigo, o melhor a fazer é não comprá-lo. O maior benefício de comprar à vista, é a possibilidade de pechinchar e procurar descontos.

Compras à prazo também devem ser evitadas, já que criam a ilusão de benefício, onde o que acontece na verdade é o comprometimento do orçamento durante um grande período.

Para tornar viável a possibilidade de fazer com que o dinheiro dure até o final do mês é necessário repensar e mudar alguns hábitos, sendo o principal deles, organizar suas prioridades de gastos. Separar o que realmente são gastos necessários e aqueles que são dispensáveis.

Para avaliar se uma compra é realmente necessária, é interessante se fazer alguns questionamentos. “Eu quero?” Normalmente a resposta é positiva, já que é um objeto de desejo. “Eu posso?” É importante responder essa pergunta analisando seu real orçamento e medindo seu comprometimento com outros gastos já feitos. E por fim, “Eu preciso?” Que é uma pergunta envolvente, onde existe a tendência de responder conforme a sua vontade, e não de modo imparcial.

Em toda essa avaliação é importante sinceridade, pois no caso de respostas sem neutralidade, haverá prejuízos a si mesmo e a seu orçamento.

Outro ponto importante é mapear suas despesas. Fazer uma experiência de durante um certo período anotar absolutamente todos os gastos e depois análisá-los de forma a realmente entender onde é necessário gastar menos.

Uma forma de fazer isso é encontrando os desperdícios e os supérfluos de seus gastos. Os supérfluos são gastos que não são essenciais e que poderiam ser dispensados, mas que proporcionam prazer e melhoria na qualidade de vida, já os desperdícios são gastos não-essenciais e que ainda acabam não causando nenhum aumento na sua satisfação. Os desperdícios devem ser abolidos totalmente de seu orçamento.

Um outro fator que deve ser ponderado é a aceitação de viver dentro de suas possibilidades. Evite se comparar ou fugir de seu orçamento só para se encaixar no padrão de vida de outras pessoas.

Também é necessário que se planeje uma reserva para momentos inesperados e fora de nosso controle. Essa reserva também pode servir como uma válvula de escape para possíveis empréstimos bancários, possibilitando maior tranquilidade e menor gasto com juros.

Além de tudo isso, é fundamental que se priorize o pagamento das dívidas, já que o acúmulo delas também pode ocasionar grande geração de juros que se tornarão uma bola de neve. Nesse caso, existe a possibilidade de propostas de renegociação e ofertas para o pagamento dessas dívidas em atraso.

Seguindo esses passos com certeza ocorrerão melhorias na vida financeira e consequentemente na qualidade de vida no geral.

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Categoria(s) do artigo:
Dinheiro

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