A economia é uma das ciências mais importantes que já foram criadas pelos seres humanos. Isso se dá, basicamente, por conta de que, se a economia de algum país apresentar muito instável, a probabilidade de algo negativo ocorrer e atingir a sociedade é muito grande. Agora, se a economia se apresenta bem estável, com ganhos tanto para o social quanto para o financeiro, a possibilidade de o país estar com índices bastante bons em várias áreas também é muito alta.
Durante muito e muito tempo a sociedade se estruturou de uma maneira que girasse em torno da economia. Ou seja, o que era importante lembrar é que o lucro sempre deveria vir na frente de qualquer coisa. E, nessa toada, o mundo se esqueceu que o meio ambiente, que oferecia toda a possibilidade para ser mercantilizado, estava sofrendo as consequências.
Atualmente, a humanidade está assistindo os primeiros efeitos colaterais de uma exploração que parecia que nunca iria trazer resultados negativos. O que se vê, no entanto, é um esforço de grande parte da comunidade internacional para poder reverter tudo aquilo que foi causado de ruim para a natureza, tentando ao máximo amenizar os problemas que foram exaustivamente causados no planeta nos últimos 500 anos. Uma dessas medidas é a adoção da chamada “Economia Verde”, na qual mais informações a respeito desse tipo de economia serão dadas a seguir:
A Economia Verde
A Economia Verde nada mais é do que uma ação definida pelo programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, no qual as suas definições tratam uma economia que deve gerar uma melhoria para a humanidade e também promover a igualdade social, em simultâneo com a uma economia que consegue reduzir os riscos ambientais e a escassez de elementos ecológicos. A Economia Verde se converte em três características primordiais: uma maior eficiência no uso dos recursos naturais, a busca incessante pela inclusão social e, também, uma menor emissão de carbono. Vale lembrar que esse último elemento é que vem causando grandes problemas ambientais, como o aquecimento global que está, cada dia mais, aumentando a temperatura do planeta.
As palavras “Economia Verde” caíram no vocabulário das pessoas defensoras do meio ambiente como uma forma de substituir o conceitual “ecodesenvolvimento, no qual o seu uso se deu por meio da canadense Maurice Strong, sendo esse uma importante figura das conferências climáticas mais importantes dos últimos tempos, como a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972 e, mais recentemente, na Rio-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992.
A mudança para essa nova expressão passou a ser utilizada no evento do Rio de Janeiro, depois de um relatório lançado em 1987 chamado “Relatório Bruntland”, tendo sido aceita pela comunidade internacional e, dessa forma, popularizada em todo o mundo. Quando a conferência carioca foi realizada, a nova expressão foi recebida pelos governos, pela sociedade civil em geral e também pelas empresas, que buscaram métodos de como aplicar as novas diretrizes para esse tipo de economia em relação a políticas públicas e também em ações da iniciativa privada que estavam de algum modo ligadas à responsabilidade socioambiental.
Como É A Fórmula da Economia Verde?
A essência da Economia Verde se traduz como sendo uma oferta de empregos, empregar a reciclagem (principalmente de plásticos e aços), um consumo mais consciente, reutilizar bens mais de uma vez (desde que o seu reuso não cause danos à saúde), fomentação do uso de energia limpa e também a valorização cada vez maior da biodiversidade. O que se espera com o emprego de tais medidas é a melhor qualidade de vida para todos os seres vivos residentes no planeta além, é claro, da diminuição da desigualdade entre os ricos e pobres, um aumento da proteção da biodiversidade e preservação do meio ambiente amplificado.
As Críticas
Embora a Economia Verde tenha uma boa intenção por meio de suas propostas, que indicam um equilíbrio em todas as ações, muitas são as críticas veladas à ela por meio de governos, ongs, acadêmicos e ambientalistas: eles argumentam que esse é um tipo de “ambientalismo de mercado” ou, também, o chamado “ecocapitalismo”. A principal crítica deles reina na lógica de atribuir valores financeiros a bens naturais, incluindo aí a água, a fauna, flora, enfim.
O que se leva em consideração é que, a partir do momento que se coloca valores reais em coisas naturais, meio que se “compensa” ambientalmente um lugar devastado por outro. Ou seja, se devemos proteger algum lugar do desmate, pela lógica capitalista pode-se explorar outros lugares. E, na visão ambientalista e biológica isso é totalmente errado de se fazer, pois cria uma outra problemática ambiental: como se pode avaliar um valor de um bem natural por outro? Cada um pode ter singularidades que nenhum outro tipo de recurso pode “pleitear”. Dessa forma , a Economia Verde é rechaçada por não deixar claro como fazer para se existir uma exploração sustentável na qual o meio ambiente possa ser poupado na maior parte do tempo.
Um exemplo que pode mostrar esse exemplo de Economia Verde e as críticas feitas são as Cotas de Reserva Ambiental, o CRA, que é totalmente baseado no conceito da compensação. Ou seja, a partir do momento que se protege uma parte da região de natureza, outra pode ser explorada. Mas pesquisas não são realizadas extensivamente para poder mostrar se esse tipo de exploração em outras “cotas” causam o mesmo impacto (ou as vezes até maior) do que a área protegida.
Então, O Que Se Pode Fazer?
Ambientalistas acreditam que a tecnologia deve evoluir a ponto de que o meio ambiente seja minimamente explorado, embora grande parte das matérias primas são provindas dessa parte. Ou seja, é necessário que os cientistas se unam para poder procurar meios de que os impactos ambientais nos processos já existentes no planeta sejam cada vez mais amenizados, como uma forma de mostrar à população que a readaptação é mais do que necessária.
Contudo, sabe-se que é difícil criar tecnologias que causem 100% menos de impacto no meio ambiente. O que se espera é que, ao passar do tempo, esses impactos diminuam com as tecnologias e políticas adotadas pelos governos e empresas.