Foi nos bancos da escola que aprendemos desde pequenos sobre a potência mundial que são os Estados Unidos da América. Ainda pequenos, deliramos ao imaginar e nos vermos em torno da grandiosidade daquele país e de sua importância no mundo. Já na adolescência, nos maravilhamos com as oportunidades da terra do Tio Sam, e muitas vezes, sonhamos em poder fixar residência num país de tal importância.
Na fase adulta, compreendemos melhor como as coisas realmente funcionam, e passamos a tratar os Estados Unidos, como o grande imperialista, autoritário e candidato ao título de “Chefe do Mundo”. Mas a verdade é que os Estados Unidos já não andam lá aquelas coisas e a prova, é que a sua economia sofreu grandes baques nos últimos anos e ainda pena para conseguir se reerguer e, no mínimo, colocar a casa em ordem.
Os frutos da chamada globalização parecem ter batido nas portas americanas, que se viu mais frágil e vulnerável dentro de seus próprios vícios de mercado, infligidos por tanto tempo a outros países, numa verdadeira comprovação de que o “feitiço virou contra o feiticeiro”.
A Crise
O que parecia inimaginável um dia, finalmente aconteceu. Para nós, que fomos criados com uma imagem e uma instrução da onipotência dos Estados Unidos sobre o globo terrestre, foi um verdadeiro baque encontrar nos noticiários, artigos estampados de uma crise que chegou a colocar o país na mira e na desconfiança das instituições financeiras internacionais.
A crise econômica que passou a ser chamada de a Grande Recessão, assolou o país no período compreendido entre 2008 e 2011 e que foi ocasionada pela falência do Banco Lehman Brothers, um tradicional banco de investimento estadunidense, cuja fundação remonta ao ano de 1850.
A falência do Banco Lehman Brothers causou um verdadeiro efeito dominó, provocando a quebra de outras grandes e renomadas instituições financeiras, no processo conhecido como a crise dos subprimes.
Alguns especialistas do setor econômico acreditam que a crise já é mais antiga e já estava prenunciada desde 2001 com o estouro da bolha da internet, quando o índice responsável pela medição das ações de empresas ligadas ao ramo da informática e das telecomunicações, a NASDAQ, despencou em números astronômicos.
Potência Econômica
Mesmo com a crise, o posto de maior economia do mundo ainda não deixou de ser dos Estados Unidos. Há, claro, as perspectivas de que a China passará o país norte-americano em breve, devido à sua alta taxa de crescimento anual, principalmente agora que os EUA apresentam recessão econômica. Ainda assim, os EUA continuam sendo o país que dá a cartada final nas decisões econômicas mundiais, como acontece desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Com um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 14,7 trilhões de dólares (aproximadamente três vezes maior que o da China), há o reconhecimento por ser eficiente no consumo de seus cidadãos. Em 2009, os gastos dos consumidores eram de cerca de 71% do PIB.
Mais do que uma economia forte, ela é diversificada. Os Estados Unidos são fortes na agricultura, na indústria (principalmente na de ponta) e na prestação de serviços. Com a crise econômica originada no próprio país, por causa de uma bolha imobiliária, bancos, corretoras, seguradoras e empresas faliram, aumentando significantemente o desemprego no país. A ordem nos EUA é voltar a crescer para estabilizar a economia.