O ouro, matéria prima mineral hoje utilizado principalmente para a produção de joias e ligas metálicas industriais já foi utilizado como moeda global. Inicialmente, por ser um metal de grande maleabilidade e fácil de ser fundido, além de existirem diversas jazidas pelo mundo exploradas desde a formação das primeiras sociedades humanas, o ouro foi utilizado para a atividade de forjar moedas. Assim, o próprio dinheiro era, literalmente, o ouro. Esse fator que alia o ouro à moeda vigente foi reafirmado devido ao grande valor que o minério tem na composição de peças e joias preciosas. Apesar do ouro ser a base na qual pedras e outros materiais de maior valor são incrustados, seu valor em si não é desprezado.
Até início do século XX, o valor do ouro era utilizado como forma de calcular a base de todas as moedas mundiais. Após o grande crescimento norte americano e a ascensão do dólar como moeda forte, o ouro perdeu esse posto comparativo, de forma que as moedas passaram a ser cotadas em comparação à cotação do dólar, e não do ouro. Apesar dessa mudança, o ouro ainda é considerado uma forma segura de investimento. Não é raro que peças de ouro ou joias ou mesmo o ouro condensado em barras seja utilizado como forma de guardar uma grande quantia de dinheiro devido ao fato de que a sua cotação no mercado é muito estável. Entre os anos de 2008 e 2009, essa estabilidade da cotação do ouro foi fortemente abalada com a grande crise financeira mundial, de forma que, nesta época, o ouro foi considerado uma forma inviável de investimento.
Em 2010, o minério voltou a se recuperar no mercado internacional, porém, em 2011, sofreu outra baixa, porém contraditória. No ano de 2011, o ouro foi considerado desinteressante como investimento não tanto por conta de sua cotação no mercado financeiro, mas porque, devido às atividades industriais da China, houve uma grande necessidade de ouro em sua forma mais industrial, de forma que o que era recomendado no mercado mundial era a venda imediata de reservas de ouro, que na época tinham um alto preço. Em 2012, o ouro voltou a certa estabilidade financeira.
As projeções são de que ele continue sendo uma forma segura de investimento e de troca mercadológica dentro de uma situação financeira mundial que busca se recuperar de outra grande crise, que afetou principalmente os Estados Unidos e a Europa no ano passado. O ouro foi negociado a cerca de US$ 1.720 por onça troy (31,10 gramas) em 18 de novembro de 2011, contra US$ 1.598 em 26 de setembro do mesmo ano. Seus fundamentos continuam sólidos. O interesse dos investimentos pelo ouro, na realidade aumentou, havendo ainda grande demanda industrial e na área de joalherias.