Há muito os bancos vem enrolando nas negociações com os funcionários e nesta quinta-feira, dia 9 de setembro não foi diferente e acabaram rejeitando todas as reivindicações no que se referem a preservar o emprego, reivindicações estas que foram apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários e com essa intransigência vem fazendo com que o Sindicato dos Bancários continue trabalhando para manter a categoria mobilizada.
Dia Nacional da Luta
Já nas anteriores rodadas de negociações os bancos haviam negado reivindicações sobre condições de trabalho melhores terminando com a exigência de metas abusivas, combate ao assedio moral, reivindicações com relação a saúde do funcionário e sistema de segurança melhor seja contra assaltos ou seqüestros. Diante do descaso no trato de assuntos tão importantes o Comando Nacional optou pela convocação para a próxima terça-feira, dia 14 de setembro do Dia Nacional da Luta. Essa data foi escolhida porque é um dia antes de uma nova rodada de negociações que está marcada para os dias 15 e 16, ou seja, quarta e quinta-feira próxima.
Pauta do Encontro
Esse próximo encontro já tem pauta e está focada na remuneração incluindo aí um aumento real nos salários com reajuste de 11%, querem também que melhore a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a valorização dos pisos e previdência complementar. Em pesquisas feitas, em assembléias realizadas e em conferencias tanto regionais como nacional, os bancários se posicionaram deixando bastante claro que as questões de saúde, segurança no trabalho, a solução para o massacre de metas a cumprir são tão importantes quanto a campanha por melhorias de ordem econômica. Segundo Carlos Cordeiro que é o coordenador do Comando Nacional dos Bancários e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf- CUT), os banqueiros devem estar cientes que sem solução para essas questões, os bancários com certeza optarão pela greve.
Correspondente Bancário
Na reunião de quinta-feira o Comando Nacional pediu uma solução para os correspondentes bancários que nada mais é do que uma das formas de terceirização mais agressivas que está sendo usada nos últimos anos pelo sistema financeiro. Na verdade é uma estratégia de segmentação de mercado que desloca clientes para um atendimento considerado precário sendo que estes clientes em geral são os de baixa renda, segundo denunciou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo Ana Tércia Sanches.
Outras Reivindicações
Alem destas existem outras reivindicações referentes à: contratação por parte dos bancos de aprendizes com mais de 18 anos de idade para substituir o trabalho de bancários, o que os bancos afirmam ser permitido. Os bancários reivindicam também a redução de juros para quem trabalha em instituições financeiras. Também está sendo solicitado que o horário de atendimento ao cliente seja aumentado, além de um controle no que se refere ao tempo de espera na fila e aumento do numero de funcionários nas agencias para que as condições de trabalho possam melhorar.