Economia e Sindicatos: Sindicalismo Revolucionário

De acordo com Hubert Lagardelle foi Pierre-Joseph Proudhon quem estabeleceu os fundamentos teóricos do anarco-sindicalismo com repúdio ao capitalismo, Estado e governos políticos. Pontos que o credenciam como pioneiro estão nas ideias de liberdade, autonomia dos grupos econômicos e visão da luta à humanidade.

As primeiras expressões de anarco-sindicalista foram formuladas na Associação Internacional de Trabalhadores ou Primeira Internacional, dividida entre duas tendências principais dentro da organização sobre a questão da ação política e parlamentar:

  • Ala anarquista de Mikhail Bakunin
  • Ala socialista por Karl Marx

A Associação começou a abraçar greve geral entre 1910-1911. O objetivo final, segundo a teoria da instituição, é deslocar capitalistas e dar controle sobre os meios de produção aos trabalhadores.

Em 1895, a Confédération Générale Du Travail (CGT) da França expressa à estrutura organizacional e os métodos do sindicalismo revolucionário que influenciam os movimentos de trabalho em todo o mundo. Modelada no desenvolvimento da Bourse de Travail (trabalho de troca), incentiva autoeducação e ajuda mútua, facilita a comunicação com os trabalhadores e sindicatos.

Através de uma greve geral tomam o controle da indústria e serviços a administrar a sociedade e facilitar a produção e consumo através das trocas de trabalho. A Carta de Amiens, aprovada pela CGT em 1906, é texto-chave no desenvolvimento do repúdio ao parlamentarismo. 

Fim da Política

Sindicalismo revolucionário rejeita a ação política em favor da luta de classes. A Organização Central dos Trabalhadores da Suécia (SAC), formada em 1910, representa exemplo notável de união anarco-sindicalista influenciada pela CGT. Na atualidade simboliza um dos maiores sindicatos anarco-sindicalistas no mundo em proporção com a população.

A Associação Internacional dos Trabalhadores, fundada em 1922, é federação anarco-sindicalista internacional de vários sindicatos de diferentes países. No auge auxiliou milhões de cidadãos e competiu de modo direto os corações e mentes da classe trabalhadora com os sindicatos sociais democratas.

Desempenhou papel importante no movimento operário espanhol. Força decisiva na Guerra Civil Espanhola, organizando milícias de trabalhadores e facilitando a coletivização de grandes setores da indústria, logística e infraestrutura de comunicação, em principal na Catalunha.

O rótulo anarco-sindicalista não foi utilizado de modo pleno até os anos 1920. Apenas entrou em amplo uso entre 1921-1922, quando aplicado como termo pejorativo para qualquer sindicato com controle por partidos comunistas.

A declaração se original nos objetivos e princípios da Associação Internacional dos Trabalhadores (1922) não se refere ao anarco-sindicalismo, mas o sindicalismo revolucionário, dependendo da tradução. Embora, na atualidade, os dois termos sejam utilizados à mesma definição de modo prático. 

Greve Geral e Força dos Sindicatos

Greve na qual proporção substancial do total da força de trabalho em cidade, região ou país, participa de modo ativo! Caracterizadas por participação dos trabalhadores em infinidade de locais, tendem a envolver comunidade as inteiras. Os primeiros movimentos dos gêneros surgiram em meados do século XIX, caracterizados por eventos importantes no campo histórico.

Feitas a fim de buscar a democracia, representação política, prestação de educação básica e da saúde. Em fevereiro de 1947, o general Douglas MacArthur, como Comandante Supremo das Forças Aliadas no Japão, proibiu greve geral planejada de 2,4 milhão de trabalhadores governamentais, afirmando que “até uma arma mortal social” como a greve geral não deve ser usada na empobrecida condição magra do Japão após a Segunda Guerra Mundial. Líderes trabalhistas cumpriram a proibição. 

Ralph Chaplin Identificou Quatro Níveis de Greve Geral:

  • Greve geral em comunidade;
  • Greve geral na indústria;
  • Greve geral nacional.
  • Greve Geral Social

A profunda concepção aponta para a mudança completa do sistema atual: Revolução social do mundo, reorganização e demolição de todo o sistema antigo de governos. Greve geral convoca “energia e entusiasmo” à minoria de trabalhadores organizados.

Meios de Produção

Ambiciona interromper a produção em todo o país e parar comunicação e consumo para as classes dominantes, requer longo tempo para desorganizar a sociedade capitalista, de modo que, após a aniquilação completa do sistema antigo, as pessoas que trabalham possam tomar posse por meio de sindicatos trabalhistas de dos meios de produção.

A Greve Geral Social observa a complexidade da indústria moderna, identificando as várias etapas do processo de fabricação e dispersão geográfica dos locais relacionados como pontos fracos do processo industrial durante qualquer disputa trabalhista.

A imensa vantagem da greve geral é que começa legal e sem qualquer perigo para os trabalhadores, e por isso milhares devem participar. Em 1966, estudo de socialismo revolucionário de Milorad M. Drachkovitch, da Instituição Hoover, observou duas opções táticas que dividiram anarquistas e socialistas ao final do século 19 e início do século 20 de:

01-Política eleitoral, que os socialistas se abraçaram, mas anarquistas estão em oposição;

02-A greve geral como um mecanismo para evitar a guerra, que os anarquistas suportam, mas os socialistas se recusaram a endossar.

Como grupos, socialistas rejeitam a greve geral em forma tática. No entanto, certo número de líderes socialistas defende o uso por motivo ou outro, normalmente como instrumento para a obtenção de concessões políticas – criticadas no movimento trabalhador anarquista. 

Críticas ao Sindicalismo Revolucionário

O anarco-sindicalismo é sistema anacrônico não apenas aos defensores do capitalismo ou socialismo, como também por certos anarquistas contemporâneas de renome no meio acadêmico. Conheça desvantagens do sindicado revolucionário.

Movimentos no horizonte da sociedade moderna devem envolver trabalhadores à perspectiva maior do que a fábrica, sindicato e orientação proletária. Bookchin afirmou que o sindicalismo revolucionário prioriza os interesses da classe trabalhadora, em vez de liberdade comunal para a sociedade como um todo, e que esse ponto de vista, em última análise, impede a verdadeira revolução.

Enquanto anarquistas coletivistas e comunistas criticam o sindicalismo com potencial para excluir as vozes dos cidadãos e consumidores fora da união, os anarco-sindicalistas argumentam que os conselhos devem trabalhar fora do local de trabalho e dentro da comunidade para incentivar a participação do consumidor na economia, atividade política (mesmo os trabalhadores e consumidores fora da União) e trabalho para formar e manter as instituições necessárias em qualquer sociedade, tais como escolas, bibliotecas e casas.

Para Murray Bookchin, ao mesmo tempo em que o sindicalismo exerce a pressão implacável sobre o capitalismo, tenta construir a nova ordem social dentro da velha. Sindicatos e os conselhos de “trabalho” não são apenas meios de luta e instrumentos de revolução social, como também a própria estrutura em torno da qual se constrói uma sociedade livre.

Os trabalhadores devem ser educados em destruir a velha ordem proprietária e reconstruir sociedade sem estado libertário. Os dois elementos devem caminhar em conjunto. 

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Categoria(s) do artigo:
Política

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