O Que Falta Numa Cidade Pequena?

Não é novidade para ninguém que o Brasil é um dos maiores países do mundo, em se tratando de território e da presença de um grande número de habitantes: atualmente, mais de 210 milhões de pessoas habitam o país tupiniquim que, atualmente, está sofrendo uma séria crise econômica e ,aos poucos, tenta se recolocar nos trilhos novamente.

Como já dito inicialmente, o Brasil é um dos maiores países do planeta. Tanto é que ele é visto como um país continental, assim como os Estados Unidos e a Rússia. A sua extensão territorial  é tão grande que, alguns estados brasileiros tem o mesmo tamanho de países europeus. Por exemplo, o estado de Minas Gerais, com mais de 850 municípios, é um pouco maior que a França, por exemplo. Ou seja, o nosso país é, realmente, muito grande.

Como você pôde ver, Minas Gerais possuí muitos municípios. Nesse sentido, ele é o estado com o maior número de municípios do país, sendo que o Brasil tem cerca de 5.570 municípios ao total. Ou seja, podemos imaginar a dimensão absurda que o país tem.

Só que, nesse total de cidades, a maioria esmagadora é considerada cidade pequena, ou seja,  não dispõe de uma infraestrutura tão completa, assim como podemos ver em cidades de grande porte, tais como São Paulo e Rio de Janeiro. Em algumas cidades, entretenimentos que são vistos como banais, como um cinema ou um centro de compras praticamente não existe, o que faz com que esses serviços fiquem relegados somente às cidades com uma população maior.

Aí fica a pergunta: como essas cidades conseguem se desenvolver? Quais poderiam ser os meios para poder investir no crescimento econômico dessas cidades? É isso que iremos tratar nesse artigo. Confira:

As Cidades

Uma cidade pequena no Brasil pode ser configurada como aquela que possuí até  cinquenta mil habitantes. As que atingirem cem mil a cento e cinquenta mil já podem ser consideradas cidades de médio porte, passando para grande cidade a partir de trezentos mil habitantes.

As cidades com menos de cinquenta mil habitantes, geralmente, se concentra em um centro, onde se encontra praticamente o necessário para poder sobreviver. Ou seja, supermercados, lojas de móveis, eletrodomésticos ou eletroeletrônicos, além de um hospital e locais para cultos religiosos.

Geralmente, essa cidade sobrevive com atividades primárias, tais como a agricultura, de onde sai grande parte dos alimentos que irão sustenta-los e sustentar também as grandes cidades. Nesse sentido, o que move a economia dessas cidades são as atividades agropecuárias. Se a cidade apresentar grandes elementos naturais que promovam o turismo, ou se trata de uma cidade com história, é bem provável que o turismo também responda por grande parte da receita do município.

As Cidades Médias

Um dos problemas que atingem as cidades médias é, justamente, a indefinição acerca de sua grandiosidade: algumas consideram tais cidades grandes, mas não tão grandes para receber um empreendimento do porte que uma cidade grande merece. Nesse aspecto, podemos destacar duas cidades que estão localizadas no sul de Minas Gerais: Itajubá e Pouso Alegre.

Itajubá, que está quase completando 200 anos, é uma cidade que possui quase cem mil habitantes. Ou seja, se encaixa perfeitamente no quesito sobre cidade de médio porte. Cercada de montanhas e conhecida por ser uma cidade universitária (por abrigar uma Universidade Federal e diversas outras faculdades de renome), a cidade não recebe tantos empreendimentos de uma cidade para o seu nível.

Um shopping está fora de questão, bem como centros de alimentação. Uma exceção é a abertura de uma filial do Subway, que foi um marco histórico na cidade.

Já no caso de Pouso Alegre, que possuí mais de cento e cinquenta mil habitantes, a coisa muda de figura. Embora não tenha grande destaque na sua parte educacional, a cidade se diferencia por ser um polo industrial, por conta de suas conexões com as demais cidades (a rodovia Fernão Dias, que linha Belo Horizonte à São Paulo) faz com que a cidade seja considerada estratégica. Com diversos investimentos nesse sentido, muitos são os empreendimentos que são levados até a cidade, principalmente industrial e entretenimento. A cidade conta com vários estabelecimentos de Fast Food, bem como também conta com um shopping com diversas lojas renomadas no Brasil inteiro.

Bem, O Que Pode Ser Feito?

Para que as cidades pequenas possam prosperar e crescer a ponto de conseguir diversos investimentos em infraestrutura, é necessário que o governo direcione esforços para que consiga fazer isso, de modo que consiga atrair tanto habitantes quanto investimentos externos, com o propósito de desenvolver  a cidade. Por exemplo: a cidade de Itabira, localizada mais ao centro de Minas Gerais, é uma cidade que vive, basicamente, da extração de minérios. Como não é uma cidade muito grande, muito se preocupou com o futuro da cidade quando as minas esgotarem os recursos.

Então, com parceria entre a Vale e o Governo Federal, foi construído um campus federal da Universidade Federal de Itajubá na cidade, que passou a se tornar um polo educacional, como um sinal para atrair empresas, já que é esperado que os formandos no campus possam ter um local para exercer a sua profissão.

Shoppings

Um shopping, realmente, é bem mais complexo de se instalar numa cidade com um porte pequeno. Isso porque, um shopping que se preze deve ter mais de 300 lojas para que seja realmente relevante. Na verdade, se existirem mais lojas com renome do que lojas que não possuem tal renome, o Shopping já vai ter uma certa relevância. Só que, para que tenha relevância, é necessário ter consumidor para isso. Caso não tenha, o negócio pode ser de algo risco.

Um exemplo de cidade pequena mas com infraestrutura de dar inveja é a cidade de Lorena. Apesar de não ter muitos habitantes (cerca de 88 mil), a cidade conta com um shopping, uma loja de departamentos grande e, também, com um atacado. Mas, o segredo dessas lojas é a localização delas: estão à beira da Via Dutra, rodovia que liga São Paulo ao Rio de Janeiro e é uma das principais malhas rodoviárias do país.

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Negócios

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