Milagre Econômico

A história está repleta de milagres econômicos. Grande parte deles culminou com crises que se alongaram por mais tempo do que o período de crescimento na economia. Em cada milagre econômico perdido, o homem foi aprendendo mais sobre o sistema financeiro. Os donos dos meios de produções aprenderam que de certa forma não há como crescer sem passar parte da riqueza para os trabalhadores. Brasil é considerado país no qual a diferença social entre riscos e pobres está discrepante, mas cenário econômico atual cresce enquanto que as outras nações econômicas do mundo sofrem com crise considerada pior do que a de 29, fator considerado como milagre econômico!  Todavia, em terras nacionais este termo está ligado com o crescimento da economia nacional obtida entre o final dos anos 60 e começo da década de 70!

Milagre Econômico

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Ditadura e Economia Nas Alturas

O Plano de Metal implantado por Juscelino Kubitschek que visou crescer cinquenta anos em cinco proporcionou crescimento estrutural e econômico do Brasil até o início de 1960. JK se baseou na política de importações da CEPAL e propiciou o surgimento de Brasília, dois fatores que pressionaram a inflação para cima.

A renúncia do presidente seguinte, João Goulart, prejudicou ainda mais o cenário vivido na metade daquela década, elevando déficits públicos e causando por consequência inflação de demanda. Com a população descrente o governo de Castelo Branco não durou quase nada – acontece o golpe militar!

Milagre Econômico

Milagre Econômico

PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo): Primeira Ação Econômica do Militarismo!

            O PAEG teve incumbência de reformular políticas para combater movimentos inflacionários e os problemas provindos da política de exportação implantada por JK. Também objetivou traçar metas para ultrapassar as barreiras impostas ao retorno do crescimento nacional.

A criação de empresas nacionais dos mais diferentes ramos de negócios foi estimulada pelos militares. Também não se pode esquecer expansão industrial de insumos básicos como petroquímica e energia, tática nacionalista para aumentar a produção industrial.

Crescimento dos Anos 1970

Somente depois de quatro anos no poder os militares conseguiram reorganizar o sistema financeiro e recuperar a capacidade monetária. Ente os anos de 1968 e 1973 o PIB nacional cresceu média de 10% anual (piscos de 13%), com inflação de até 20% ao ano. Somente a construção civil cresceu 15% em cada temporada. Quem coordenou os planos foi Antônio Delfim Netto.

Milagre Econômico

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Fim do Milagre Econômico

Na virada dos anos de 1973 e 1974 o preço dos barris do petróleo cresceu de US$ 3,37 para US 11,25, acelerando a inflação global. Nos dois anos a taxa de inflação anual brasileira aumentou de 15,5% para 35%. O crescimento diminui para média de 6% anuais até 1979. Déficits gerados na balança comercial gerado em parte pela importação de petróleo custaram aproximados US$ 4 bilhões nos anos restantes da década de 70. Disparando historicamente os movimentos inflacionários!

Escadinha” da Inflação

Final da década de 1975-79: 95% ao ano.

1980-82: 110% a.a.

1984: 200% a.a.

1985: Fim do regime militar. População apoia a democracia principalmente pela alta da inflação e falta de emprego. Ciclo entre crescimento e queda do Milagre Econômico durou mesmo período do militarismo no poder, ou seja, de 1964 a 1985.

Por Renato Duarte Plantier

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