Como Funciona o Mercado Negro de Objetos de Arte

Roubar e revender objetos de arte são um crime não só aos olhos da lei, mas também aos da Cultura, que perde obras de imprescindível valor para a humanidade. Os artefatos roubados são caros e o roubo envolve uma ampla rede de pessoas poderosas e com muito dinheiro. Geralmente este tipo de crime é encomendado, ou seja, quem o pratica já sabe muito bem o que quer roubar e exatamente para quem vai vender. Além do roubo, receptar objetos de arte roubados (ou qualquer outro objeto roubado) também é crime.

Famosos

A Cena do Crime

Os roubos de obras de arte podem ser feitos de diversas maneiras, e grande parte dos locais que exibem tais obras não estão preparados para se defender de um roubo. Exemplo disso foi o roubo praticado em 1994, onde os ladrões entraram pela janela usando uma escada que encontraram perto do museu. Foi tão fácil entrar no museu da Noruega e levar uma versão do famoso quadro “O Grito” que os bandidos se deram ao luxo de deixar um bilhete que dizia “Obrigado pela falta de segurança”.

Em 1998 outro exemplo da falta de segurança dos museus ficou evidente: um homem sozinho entrou no Museu do Louvre, um dos maiores e com o maior acervo de obras de arte do mundo, se dirigiu até a sala 67 do museu em plena hora de almoço (quando o museu estava lotado de pessoas) furtou um quadro feto por Corot e foi embora. Durante toda a ação, o home não foi perturbado, e ele e a obra permanecem até hoje desaparecidos. Em muitos museus com refinados sistemas de segurança, os bandidos atacam durante a luz do dia, quando a única proteção é o corpo de guardas do local. No entanto, os guardas são geralmente treinados para não esboçar qualquer reação, para que não haja troca de tiros que possam atingir as pessoas presentes ou até mesmo as valiosas obras de arte, para não causar um dano ainda maior.

Pintores

Os Receptadores

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam os receptadores de obras de arte roubadas não são apenas amantes da arte que desejam criar uma galeria particular. Muitas vezes as obras são encomendadas por traficantes que desejam ter as obras como moeda de troca com agentes federais corruptos – neste caso, o “dinheiro” fica em casa mesmo, sem o perigo de ser rastreado. Outras vezes as obras de arte são usadas como alternativa para lavagem de dinheiro. Depois que a obra é roubada é colocada em um leilão previamente combinado, da onde o dinheiro do tráfico volta “limpo”.

Como Funciona o Mercado Negro de Objetos de Arte

Números

No total, a Interpol diz que a lista de objetos de arte roubados contabiliza mais de 34 mil obras. Apesar do alto número, apenas 10% deste montante é recuperado pela polícia. E mesmo assim, a cada dez obras recuperadas apenas uma é através da ação direta da polícia: as outras nove aparecem misteriosamente no mercado legal novamente.

Neto

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