Cuidados com Investimento Privado na Europa

A Europa representa o continente no qual os investimentos estão ficando arriscados, principalmente aqueles com caráter privado. Geração de emprego congelada junto montantes consideráveis de dinheiro para controlar a inflação e  recessão econômica. Portugal, Grécia e Reino Unido são palcos nos quais os investidores precisam de atenção.

Menos Investimento Privado em Portugal

 Menor crédito e pouco consumo devem resultar em menos investimento privado interno e externo em Portugal, que no final do século passada apresentava valores destacados entre as economias do Euro. Com a falta de preparo para manter a economia em caso de imprevistos, hoje em dia os investidores estão fugindo do país, consequência dos frequentes resultados negativos no ciclo econômico.

Algumas doutrinas econômicas portuguesas acreditam que o crescimento dos investimentos está ligado com fatores relacionados com oferta, demanda e facilidades no crédito, ponto no qual o Banco Central de Portugal ainda peca nas políticas atuais. De certa forma, os três setores estão com clima desfavorável, afugentando os investimentos privados.

Existe a tese de que as próprias indústrias não possuem capacidade para subsidiar o mercado existente internamente. Nesta ótica, os investimentos privados poderiam acontecer no intuito de fazer racional a capacidade produtiva. De acordo com o boletim estatístico do Banco de Portugal, divulgado no mês de agosto, o investimento provido estrangeiro no país foi de £82.337 milhões.

Entre os primeiros semestres de 2011 e 2012 aconteceu decréscimo de £4,7 milhões. Neste sentido os valores levam a crer que não aconteceu apenas congelamento, mas sim desinvestimentos em consequência das recessivas políticas orçamentárias e diminuição considerável no setor de exportações.

Professores portuenses (que lecionam na cidade do Porto) entram em convergência ao afirmarem que o caixa geral dos depósitos não demonstre comportamento semelhante ao existente nos outros bancos. Afinal, qual seria a utilidade de mais do mesmo? Existe outra reclamação dos especialistas relacionadas com inventários oficiais que descrevem com maior claridade as características da mão-de-obra interna.

Com o prontuário os governantes poderiam adotar estratégias mais seguras e agressivas para estimular o investimento privado interno e externo.

Investimento Privado na Grécia

Os gregos ambicionam atrair formas de investimentos privados para aquecer as intituladas “zonas econômicas especiais”, termo gerado pela China para estimular setores específicos do ciclo econômico. Esta representa uma das formas encontradas pelos governantes atuais de tentar tirar a depressão que assombra o país desde o início da crise econômica mundial.

As zonas devem oferecer vantagens administrativas e tributárias aos investidores privados. Há tempos os governantes gregos mantêm diálogo com membros da Comissão Europeia para tornar a iniciativa viabilizada por um bom tempo, segundo afirma o ministro do Desenvolvimento da Grécia, Costis Hatzidakis.

Hatzidakis também disse de forma pública que acredita na estimulação da economia real depois de implantadas as novas medidas, com crescimento no investimento e nas exportações. Interessante notar que as palavras foram ditas neste momento em que os gregos se esforçam de todas as maneiras possíveis para reerguer a frágil economia, que caminha para o seu sexto ano consecutivo de negações no ciclo econômico, mesmo após os bilhões de euros emprestados pelo banco europeu.

Cortes de salários e outras reformas nas estruturas estão previstas no plano de resgate grego para evitar o que seria considerado calote histórico desde a formação do EURO no final da década de noventa do século passado. Com o perigo eminente, além de fazer medidas para retomar o crescimento e atração do investidor, os governantes gregos criticam as posições de austeridade proporcionas por outras nações europeias.

O ministro grego pressiona para que parceiros da União Europeia aceitem a implantação do novo programa econômico. Existem rumores de que o banco europeu estaria receoso em aceitar a medida por causa da desvantagem corporativa proporcionada com o plano. Por outro lado, as zonas seriam barreiras para os investidores pagarem salários baixos. Hatzidakis assegura que a legislação grega vai ser respeitada em todos os pontos.

Para atrair investimento privado no intuito de criar mais emprego, o Banco Central da Grécia já abaixou o salário mínimo dos trabalhadores que constantemente saem às ruas no intuito de criticar as medidas estimuladoras apenas aos investidores. Caso não sejam gerados emprego o ponto de ebulição dos sindicatos gregos fique em todo vapor nas reivindicações.

No primeiro semestre de 2012 a taxa de desemprego estava em torno dos vinte e três por cento. Apesar de existirem diversos atrativos os investimentos privados na Grécia são considerados de alto risco segundo analistas renomados na imprensa especializada.

 Investimento Privado no Reino Unido

Os investidores precisam ficam com as atenções redobradas porque o conteúdo a ata prevê do BC da Inglaterra por causa do remanejamento das quantias destinadas ao estímulo econômico e concedidas até o final de 2012.

A ata de política monetária do Reino Unido afirma que a desaceleração da economia global adicionada às dívidas na zona do Euro culmina em riscos explícitos ao futuro da economia britânica. O Banco Central espera inflação inferior a dois por centro para o ano de 2013, sendo que no segundo semestre de 2012 a taxa está na casa dos 2,5%. Com a instabilidade cabe aos investidores internos aguardar as decisões do Banco Europeu que anunciou publicamente estar dispostos a tudo para reverter a situação da moeda europeia.

Pesquisa realizada pelos sindicatos industriais da Inglaterra demonstra que as atividades na indústria estão paralisadas há três anos, culminando em baixa na geração de emprego e alta na falta de perspectiva entre trabalhadores jovens sem experiência e a força de trabalho de idade avança.

Apenas depois da reunião foi considerada alteração de cinquenta milhões de libras no plano inicial, com total de 375 bilhões no plano total que consiste em disponibilizar mais crédito e conter a inflação.

Em setembro de 2011 a inflação atingiu pico de 5,2%. No mesmo mês, em 2012, a Selic inglesa esteve inferior a 2,5%, existindo tendência de aumento no final do ano, quando o consumo está aquecido na terra da rainha. Governantes esperam diminuir o índice para valores menores do que 2% até os primeiros dias de 2013. O BC da Inglaterra diz que o crescimento fraco não representa principal fonte da diminuição da inflação, algo que teoricamente iria limitar a capacidade de estímulo ao ciclo econômico interno.

Por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Investimento

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