Juros de Financiamento

Os carros sempre foram os itens mais cobiçados entre as pessoas. Também, não é para menos: os veículos são conhecidos por nos ajudar com as mais pesadas tarefas existentes, bem como, também, proporcionar momentos mais descontraídos e com possibilidade de nos divertir em vários locais. Além disso, quando temos um carro, sentimos que estamos livres para ir aonde quisermos, a hora que quisermos, enfim. Fora que, depender do transporte público nunca é a melhor opção, não é mesmo?

Embora a venda de carros tenha apresentado quedas nos últimos tempos, as vendas ainda se mantém fortes no Brasil. Muitos querem ter em suas garagens as últimas palavras em sofisticação e tecnologia. As montadoras parecem ter ouvido os apelos dos consumidores e, assim, passou a acrescentar mais tecnologia em seus veículos. Hoje podemos dizer, sem rodeios, que os carros brasileiros estão caminhando a bons passos, em questão de qualidade e tecnologia. Infelizmente, os preços não são os mais baixos, o que impede muita gente de ter o seu automóvel.

Maneiras para poder comprar o seu carro não faltam. Existem concessionárias que fazem planos de consórcio para que os seus clientes possam ter a chance de ter o seu carro zero à sua espera. Mas, uma forma cada vez mais utilizada (e a mais temida) é o financiamento. No nosso artigo de hoje, iremos explicar um pouco mais sobre como funciona o financiamento, bem como, também sobre os terríveis juros que fazem esse sistema funcionar. Vamos lá?

O Financiamento

Quem nunca chegou em uma concessionária, ao se interessar por um carro e verificar o seu preço, e ter uma desanimada, não é mesmo? É sempre assim. Porém, o dono intervém e diz que aceita financiamento em até sessenta vezes. E, geralmente, a parcela é pequena e pode caber no seu bolso. Aí, a animação toma conta novamente e, assim, você acaba adquirindo o automóvel, num impulso, talvez.

O que você talvez não saiba é que, se você parasse para raciocinar e fizesse as contas sobre as parcelas que serão pagas com o número delas, perceberá um valor muito mais alto do que o que foi financiado. Pois bem. Essa é a pegadinha na maioria dos financiamentos.

Basicamente, os juros cobrados sobre esses valores que são financiados costumam ser bastante altos. Em algumas corretoras, o montante de juros pode chegar a quase quatro por cento ao mês. Por exemplo: um carro que custe 44 mil reais. Com essa taxa de juros, se você financiar apenas 34 mil, pode acabar pagando mais de 27 mil reais de juros, fazendo com que o preço do financiamento suba para mais de setenta mil reais. Ou seja, você pode acabar pagando um outro carro só com esses juros.

As financiadoras de veículos, que são especializadas nesse tipo de operação, podem oferecer condições mais palatáveis ao seu bolso. Porém, deve-se estar alerta de que esses valores ainda continuam sendo muito altos, o que faz com que muitas pessoas ainda desanimem a contratá-los. Os valores rondam entre 10 mil a 18 mil reais. Ou seja, se você empresa uma certa quantia via financiamento, o valor final que você irá pagar pode ficar 10 mil reais a mais, por conta dos juros.

Por Que Os Juros São Tão Altos?

Não é muito fácil entender porque os juros são tão estratosféricos no Brasil. Inicialmente, a culpa paira sobre o governo federal. É uma matemática básica: se você gasta mais do que você arrecada, é natural que se crie um déficit. Se esse gasto for recorrente, o déficit só tende a aumentar. E, nos últimos anos, o governo teve de recorrer a isso para que as contas pudessem ser fechadas. Ao tentar manter a saúde das finanças, isso é, apertar o cinto e gastar menos, o país estava encontrando problemas em honrar os seus compromissos, o que solicitou que ele, novamente, soltasse os cintos e voltasse a entrar em déficit.

Ilustração de Juros Altos

Ilustração de Juros Altos

Para que as coisas voltassem aos trilhos, o governo passou a taxar ainda mais as pessoas e as empresas, como forma de arrecadar mais dinheiro para poder conter ou amenizar a situação desenfreada dos gastos.

Os Bancos Brasileiros

Um outro motivo para os juros serem tão altos para os brasileiros é o caso da alta concentração bancária dentro do país. Em uma tradução mais literal, o número de instituições bancárias no país é bastante insuficiente, já que, a maioria deles acabam sendo sedes de pequenos grupos já estabelecidos no país.

Com isso, é natural que elas se alinhem na cobrança de taxas parecidas, o que faz com que essas taxas sejam cada vez mais altas. Pode-se assemelhar isso a uma atividade de cartel, por exemplo. Uma abertura bancária no país seria uma boa saída, para que outras instituições pudessem entrar no páreo e, assim, equilibrar a oferta de crédito e não privilegiar somente uma ou outra instituição.

Bancos Brasileiros

Bancos Brasileiros

Mas, é preciso salientar aqui que a política de preços de juros não é criada sobre a lei de oferta e procura, mas sim sob um extenso estudo realizado pelo Banco Central, que estipula normas de ação, impostos a serem cobrados e afins das empresas bancárias que aqui executam suas atividades.

Os Brasileiros E A Inadimplência

Um outro ponto a se observar é a alta taxa de inadimplência dos brasileiros, que, ultimamente, está nas alturas por conta dos problemas econômicos que o país vive atualmente. Segundo dados, em 2016, mais de cinquenta milhões de brasileiros fecharam o ano devendo algum dinheiro e, consequentemente, com o nome sujo na praça. Por conta disso, a concessão de crédito é mais dificultada com o aumento dos juros. Apesar disso, o cenário no país vem mudando, com a população cada vez mais se conscientizando sobre os problemas relacionados ao mal uso do dinheiro e a falta de planejamento familiar para gastar esse dinheiro, por exemplo.

Recentemente, diversos bancos credores começaram a chegar no país, podendo destacar o mais famoso de todos, talvez: o Nubank, que é um banco 100% digital. Ele se baseia em ser um cartão de crédito sem nenhuma anuidade para o usuário, que pode realizar compras segundo o seu limite e, posteriormente, realizar o pagamento. Porém, os juros caso aconteça atraso de pagamento, é de 14%.

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Categoria(s) do artigo:
Empréstimo

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